Presidente da APTS compôs a mesa de trabalho do evento, que discutiu a economia global e os seguros pessoais.
"O momento é muito propício para desenvolver outros ramos além de automóveis e ramos elementares", disse o economista Francisco Galiza, da Rating Seguros, durante sua participação no Seminário Internacional de Seguros Pessoais, promovido pela Sociedade Brasileira de Ciências do Seguro (SBCS), no dia 1º de outubro, no Braston Hotel. O mentor do Clube dos Corretores de Seguros de São Paulo (CCS-SP), Adevaldo Calegari, compôs a mesa de trabalho, juntamente com Affonso Fausto, presidente da SBCS, Osmar Bertacini, presidente da APTS, e Pedro Barbato Filho, presidente da Camaracor-SP.
Logo após a abertura do evento, realizado por José Agostinho Gonçalves, secretário executivo da entidade, Affonso Fausto comentou o novo momento da SBCS, que renovou sua identidade visual, além de empreender novos projetos, palestras, encontros e workshops. "Nosso objetivo é promover o setor com novidades. Nossa entidade é tradicional e precisamos manter as propostas no ambiente de seguros" afirmou.
Osmar Bertacini fez uma prévia sobre o cenário atual dos seguros e, em seguida, apresentou o primeiro palestrante do dia, Francisco Galiza, que analisou o Momento econômico dos seguros pessoais. "O Brasil não teve catástrofes naturais, como tsunami ou terremoto. O problema econômico foi única e exclusivamente por conta da má administração ou até mesmo arrogância do governo", disse.
Nos últimos dez anos, o Brasil dobrou sua participação no setor. Porém, em 2015, o país perdeu importância no ambiente internacional. Por outro lado, ele tem razões para acreditar em recuperação do setor. "As seguradoras têm bom grau de solidez no mercado e a Susep, que tenta fazer um bom trabalho, tem alta excelência técnica", disse. Galiza lembrou que nos EUA, o segurado também espera receber contato de seus corretores, segundo pesquisa daquele país. "Excelente oportunidade para pensar em nossa atuação pós-venda", disse.
Oportunidades na crise
Luiz Ferraz, mandatário geral da Prévoir Portugal, abordou a economia geral e a situação política da Europa. "Apesar das dificuldades econômicas de Portugal, como o desemprego, que leva os jovens a procurar ofertas de trabalho no exterior, o envelhecimento da população e o esforço intenso do governo em manter o custo da moeda Euro, todavia, temos a contrapartida de ser uma nação tranquila, com alto potencial de turismo e instituições que funcionam", afirmou Luiz.
Maria do Carmo Farto, gerente comercial da Prévoir Portugal, falou sobre a atuação comercial em Lisboa. "Através do coaching conseguimos liderar corretores ensinando-os a trabalhar e a desenvolver nossas atividades". Quanto ao trabalho de formação de equipes e vendas, Carmo explicou que o foco é no ramo vida. "Nossos corretores trabalham com estoque de nomes e através de suas carteiras ensinamos lado-a-lado técnicas e práticas de venda, coisa que muitas vezes em sala não conseguimos fazer", finalizou.
Luiz Ferraz fechou sua explanação com uma resposta simples e conceitual a respeito da importância da atividade do corretor de seguros vida. "Se eu morresse hoje, a situação em casa não mudaria no dia seguinte. O seguro de vida imediatamente pagaria o capital. Esta é a nobre missão da atividade", concluiu.
Mídia digital
"Estamos vivendo um momento de atenção e a palavra crise simplesmente não utilizamos. O Brasil tem grandes reservas cambiais, nós não vamos quebrar, afirmou Guilherme Contrucci, âncora da Web Seguros TV. Sobre os novos dispositivos digitais, ele acredita que podem ser benéficos aos negócios.
“O que faremos com essa grande massa que tem celular, está entrando no ambiente digital e nas redes sociais, e cada vez mais está imersa em informação?”. Segundo ele, as empresas não podem mais proibir o comportamento moderno, e sim, educar para usar melhor.
"É preciso ter competências, observando as mudanças globais, juntamente com os ambientes virtuais como redes e mídias sociais. Se o corretor entender isso, será fundamental para sua atividade no futuro", disse Contrucci.
O evento, organizado pela SBCS, teve o apoio institucional da Funenseg, Sincor-SP, Sindseg-SP, APTS, Sindicato dos Securitários de SP, Camaracor-SPP, CCS-SP, ANSP, CVG-SP, Aconseg-SP, Rating de Seguros Consultoria, Prévoir Portugal, Vagas para Seguros e Movida Seguros.
Fonte: SBCS