Realizado dia 16 de março no Hotel Unique, evento expôs as perspectivas para ramo de pessoas.
Em seu primeiro evento do ano, o CVG-SP recebeu o novo presidente da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (FenaPrevi), Edson Franco, em almoço exclusivo para convidados, realizado no dia 16 de março, no Hotel Unique, em São Paulo(SP). O presidente da APTS, Osmar Bertacini, marcou presença no evento.
Na ocasião, Edson Franco apresentou um panorama do seguro de pessoas, no qual se destacaram o bom desempenho nos últimos anos, a projeção de menor crescimento e, principalmente, o potencial para o desenvolvimento de novos produtos. Os planos de riscos (seguro coletivo, seguro individual e planos tradicionais), que cresceram 7,3% até janeiro de 2015, em comparação com o mesmo período ano anterior, devem crescer neste ano 4,9%. Já os planos de acumulação (PGBL, VGBL e planos tradicionais), cujo desempenho alcançou a marca de 18% no ano passado, neste ano, crescerão 16%.
Franco acredita que, apesar de não ser possível estimar sua duração, a crise é temporária. O fim da atual retração econômica se refletirá, a seu ver, em forte retomada do crescimento econômico, com impacto positivo também para o seguro de pessoas. “Quando a retomada vier, será com muita força”, prevê. Ele informou que a FenaPrevi já tem sua agenda de prioridades para os próximos três anos, que prevê o desenvolvimento de novos produtos, a modernização dos modelos de distribuição e a evolução do arcabouço regulatório.
Em termos de novos produtos, Franco enxerga um “caminhão” de oportunidades para o setor. Por enquanto estão no forno o Prev Saúde (conhecido como VGBL Saúde), que aguarda a aprovação do governo, e o Universal Life, cujas regras já passaram por consulta pública. Mas, em sua opinião, o mercado de seguros também tem condições de desenvolver outros produtos, como os da linha long term care, que podem custear, por exemplo, despesas com cuidadores para pessoas com doenças graves ou degenerativas.
Na agenda da federação, a prioridade número um é o desenvolvimento de novos produtos. Para tanto, vale adaptar as melhores práticas internacionais e até importar produtos. Franco citou o exemplo do Chile, onde uma das principais fontes de negócios e renda é o seguro de annuities, operado por seguradoras, o qual permite a compra de renda imediata por pessoas que acumularam recursos nas AFPs (contas de aposentadoria individualizadas). “No Brasil, o mercado de annuities ainda não existe. Mas, precisamos nos preparar agora ou então não conseguiremos atender a essa necessidade que virá”, disse.